[vc_row type=”in_container” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ width=”1/1″][vc_column_text]Por Maurício Angelo. Publicado originalmente no site do Inesc e reproduzido com autorização. Foto por Todd Southgate / ISA[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ width=”2/3″][vc_column_text]
O longo processo de ocupação do território amazônico tem na geração de energia um dos seus principais gargalos e um enorme paradoxo a ser resolvido. O colapso da dependência do diesel, bem ilustrado pela recente greve de caminhoneiros, mostra que a Amazônia está em maus lençóis: hoje, só os Sistemas Isolados da Amazonas Energia, área que abrange 55 cidades e uma população de 550 mil pessoas, consome 687 milhões de litros de diesel ao ano.
São 255 usinas termelétricas com capacidade instalada de 297MW, o que representa um custo de R$ 2 bilhões/ano e a emissão de dois milhões de toneladas de CO2. Ainda assim, um levantamento interno feito pela Eletrobras Amazonas concluiu que há mais de 70.000 pessoas sem acesso à eletricidade na região atualmente.
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Os subsídios também são parte da conta. Estudo lançado recentemente pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) estimou que, entre 2013 e 2017, os subsídios aos combustíveis fósseis no Brasil, na forma de renúncias fiscais e gastos diretos, alcançaram R$ 342,36 bilhões. A média anual de subsídios foi da ordem de R$ 68,6 bilhões, ou seja, 1% do Produto Interno Bruto (PIB) do país ou o equivalente a mais de dois programas Bolsa Família. Na região Norte do Brasil, os subsídios à geração termelétrica baseada no óleo diesel nos últimos cinco anos foi da ordem de R$ 27 bilhões, em sua maior parte paga pelos consumidores por meio de taxação na conta de energia elétrica.
Quem lucra com esse modelo, presente em toda a Amazônia Legal? Uma boa resposta está no caso de Roraima. Único estado que não está integrado ao Sistema Nacional, Roraima depende hoje, sobretudo, de energia vinda da Venezuela, país vizinho que enfrenta uma forte crise econômica, e tem como suporte três termelétricas que funcionam a diesel e atuam como backup: Oliveira, Distrito Industrial e Novo Paraíso. A termelétrica Oliveira, localizada na região de Monte Cristo, zona rural de Boa Vista, é uma das “meninas dos olhos” do senador Romero Jucá (MDB-RR), líder do governo Temer.
Com capacidade para gerar até 100 megawatts para atender à população em caso de interrupção de energia vinda da Venezuela, fontes dizem que Oliveira recebe cerca de R$ 26 milhões por mês para ficar ociosa. Em fevereiro deste ano, Jucá foi flagrado prometendo recursos da termelétrica para aliados políticos. Rudson Leite (PV/RR), senador suplente que assumiu a vaga de Telmário Mota (PTB-RR), adversário político de Jucá, não nega nem confirma a informação, mas afirma estar ciente do que corre “à boca pequena”. Em Roraima, dos 77 Sistemas Isolados, 70 não possuem atendimento 24h/dia de energia. A grande maioria, aliás, conta com bem menos de 12h/dia de fornecimento. É consenso que as termelétricas são precárias, caras e com uma energia insuficiente, além de não terem capacidade de fazer estoque de combustível. Ou seja, se a Venezuela cortar energia, a chance de apagão é grande…
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